11 de abr. de 2011

Básico ou Diferencial?


:: Arrumado, bora pra festa! Já saí sem expectativa nenhuma pro show de Charlie Brown Jr na festa da EMAPA em Avaré/SP.  Ao entrar no estacionamento, mais um item da placa. Além de carro e moto, Õnibus = R$ 100,00. (interessante...) O estacionamento dessa vez estava iluminado. (Será que leram meu blog?!).

:: Tinha até mais gente que da ultima vez. Demos uma volta e fomos para camarote, pois as barracas não aumentaram de quantidade. Ao entrar, já deu pra perceber que o “bar” estava mais organizado. Precisava comprar ficha dessa vez e tinha mais duas pessoas, uma para o caixa e as demais para entregar as bebidas. (realmente, acho que leram meu blog!)

:: A cerveja estava gelada por sinal. Em alguma hora do show passou até uma garçonete com latinhas no camarote vendendo as bebidas! Agora sim eu tava sentindo que o mínimo tinha sido feito. Apesar da cerveja ainda vir “salgadinha” pela água do freezer, não precisei implorar por bebida gelada nem ficar em amontoado de gente para pegar.

:: O show foi bom, a galera curtiu mesmo. Nem lotou a arena, mas foi o que tinha ontem e foi legal. Mesmo o Chorão meio doido soltar umas pérolas tipo “mulekada, o lance é ter foco! A vida é loca! Não to falando de maconha nem de bebida só não. Eu não sou exemplo também não PO##A! Mas tem que ter foco!” (rs) enfim... Foi legal. Lembrei dos shows de Ivete Sangalo, que fala, conversa, divaga, e depois canta umas musicas e volta para a prosa.

:: Escuto sempre em propagandas por aí, “Preço baixo, boa localização e bom atendimento”.  Entendo que atendimento, inclusive “bom atendimento” é difícil hoje em dia, talvez por isso utilizam tanto como vantagem ou ponto positivo, mas temos sempre que lembrar que bom atendimento é básico, não diferencial. Ainda mais quando se paga por ele. 

10 de abr. de 2011

Se Segura Peão!




:: Pessoal, to morando em Avaré denovo. E como muito tempo não vinha pra cá passar tanto tempo, nunca mais tinha ido à festa que acontece todo ano na cidade. Sempre tem rodeio, parque de diversões, barracas pra beber e comer tudo o que imaginar e shows, tudo free.

:: Ontem fui para a festa relembrar e me divertir. Já na entrada a fila de carros estava como de costume e a placa de sinalização: “Estacionamento: Carro R$ 15,00 Moto R$ 10,00.” A festa sempre foi um evento grátis que trazia gente de muitas cidades para o evento. De primeira pensei  ‘o estacionamento deve estar mais organizado, com calçamento, iluminação...’ Engano meu. A caminho do estacionamento, percebi que toda a festa estava cercada, TODA a festa. Por um lado é bom, pois melhora a segurança de quem está dentro... Mas... e o estacionamento? Sim... O estacionamento não estava iluminado, calçado ou sequer mais organizado! E a mocinha ainda disse quando perguntei sobre a segurança “- Cobre até R$ 100.000,00” (será??)

:: Ao “entrar” na festa, uma revista por seguranças foi feita. Nunca tinha imaginado que uma festa popular seria assim. É até bom, dá uma sensação melhor de segurança. (Qual? Se quem entra na festa sem ser pelo estacionamento não é revistado?) Ao dar uma volta na festa, percebemos que a quantidade de barracas estava menor. E a quantidade de pessoas freqüentando também. (Por que será??)

:: Fomos ao camarote, onde da pra ver melhor o show e não precisar ficar afundando na areia da arena nem no empurra empurra da galera. Na catraca, fomos avisados que não podemos entrar com bebida alguma. Organizado, legal, como qualquer camarote deve ser. Fui ao “bar” do camarote comprar cerveja. A latinha estava mais cara. (Mais caro? Pq?) Enfim... bem gelada, a moça simpática, mas a lata estava meio salgada pela água em que se encontrava.

:: Show começa, animado, mesmo com poucas pessoas na festa. Desci para pegar mais cerveja todo animado, que apesar de “salgada” estava geladíssima. Para minha surpresa... Fila. Fila não, um amontoado de gente e 2 mulheres tentando atender à todos, sem uma sequência lógica ou algo do tipo. Na minha “vez”, pedi 3 latinhas. A moça nem sequer olhou na minha cara e entregou as latinhas, quentes. Só estavam molhadas. Cerveja quente “salgada” e ainda não tinha troco, teria que levar um VALE ou outra lata! (Entendi tudo a antipatia da moça = medo e estresse). Recusei as cervejas que nem eram as “redondas” e fui à entrada do camarote.

:: Perguntei a um dos responsáveis se era possível entrar com bebida no camarote. Ele grosseiramente respondeu “- Só se você pagar a rolha!” ‘- Amigo, a bebida de vocês está quente.’ “- Não tenho culpa, não é problema meu, é do bar!” ‘- Amigo, vocês não permitem entrar com bebida, cobram mais caro aqui dentro e ela ainda está quente e salgada. Todas essas pessoas pagaram para estar aqui. Nenhuma delas pagou para ter uma bebida mais cara e de pior qualidade. Independente se for o BAR, PORTARIA, SEGURANÇA, o que for, chame alguém, ligue para seu superior, ajude as meninas do bar, mas faça alguma coisa porque não será somente EU que pedirei meu dinheiro de volta.’

:: O rapaz foi ao bar, conversou com as moças, saiu e em menos de 5 minutos estava de volta com sacolas cheias de cerveja gelada, que possivelmente comprou de um ambulante fora do camarote, e as jogou dentro dos freezers. Comprei minhas cervejas e subi para o camarote, na escada vi dois caras que desistiram das cervejas e pediram vodka. O gelo? Era o mesmo que estavam as cervejas, bem salgadinho... (urghl...)

:: Até que ponto a organização de um evento como este deve cobrar tanto pelos serviços? Onde está o “vale à pena”, as vantagens de estar pagando aquele preço? Estacionamento caro. E quem não tem condições de pagar estacionamento, deve caminhar mais de 2km para curtir uma festa que é de graça para o povo?

:: Me pergunto se a festa ainda vale à pena para a prefeitura, que investe tanto dinheiro para ter seu valor convertido para negativo por deficiência ou falta de planejamento. Quem está ganhando? A cidade não é, pois a festa não está sendo “bem vista”. Será prefeitura ou a TotalShow, organizadoras do evento? Ou será o pessoal que trabalha no camarote vendendo bebida? O show? Foi bom.

11 de ago. de 2010

Big Educação


:: Falar arrastado, puxando o R, chiando o S... Comer peixe cru, chamar galinha cozida de galinha torrada, pão com queijo ralado de pão de queijo, comer curau e descobrir que chama canjica que chama mugunzá! Enfim, diversas originalidades, gestos, comportamentos. 

:: Aqui no RN, principalmente no interior (como qualquer interior), as pessoas são mais simples, um tanto menos polidas na forma de falar e agir. É cultural, na realidade é multi-fatorial, porém não vem ao caso agora. Enfim...

:: Esses dias fui almoçar num restaurante à quilo, no centro aqui de Natal com colegas de trabalho. Estava naquela famosa fila fazendo meu prato. Estava achando tudo ótimo. A fila andando, o lugar agradável, mesmo não tendo ar condicionado não é quente devido ao pé direito muito alto e a variedade de comida é muito boa. Tanta variedade, que na parte de carnes, havia uma vasilha de iscas, mas não conseguia identificar do que eram. As demais tinham uma etiqueta sinalizando seu conteúdo, menos esta:

“- Estas iscas aqui são de peixe ou frango?” – perguntei à moça da balança.

:: Sem ao menos olhar pra quem perguntou, no caso EU, ela respondeu:

“- Tá escrito aí!” – Direta. Sucinta. E grossa.

:: Educadamente procurei e procurei, até puxarem a vasilha das batatas fritas que estava em cima da bendita etiqueta, que por sinal, eu tinha que ter a obrigação de ter visto.

:: Se ao menos, ao menos meeeesmo, ela tivesse dito baixinho, ou arrastado ou dissesse NUM RÊI e perguntasse à outra pessoa. Se ao menos pegasse uma isca e desse uma mordida na minha frente pra dizer o que era, eu relevaria.

:: Quebrou-se o encanto, a vontade de se quer indicar aquele lugar a algum amigo ou conhecido. Meus colegas que estavam na fila viram a situação e também acharam absurdo. Um restaurante bom, com comida boa, ambiente agradável, rápido, limpo, se perde por uma simples frase.

:: A diversidade cultural é fato e temos que conviver com ela sim, mas falta de educação não.

4 de ago. de 2010

Sofá de Palhaço


:: Era um sábado quando cheguei na loja, e a vendedora simpática e atenciosa mostrava um modelo de sofá, perguntava se havia gostado do tipo e cor do tecido, tamanho, cor da sala, valor em mente, se recebia amigos, enfim... com maestria foi tirando de mim o que precisava de informações para saber qual peça oferecer. Sempre à disposição e atenta consultava no estoque, verificava promoções, descontos, prazos de entrega, etc...

:: Comprei o sofá e agendei a entrega e montagem para o próximo sábado, explicando que moro sozinho e que durante a semana é difícil dar certeza de que haveria alguém para receber a mercadoria. Na quarta-feira fui à loja novamente re-agendar a entrega para sexta-feira, pois no sábado eu teria que viajar à Recife. A mesma vendedora me atendeu, já me chamando pelo nome, perguntou a hora, confirmou o endereço e ligou na minha frente para o estoque, combinando e confirmando entrega às 16h da sexta-feira.

:: Feliz da vida esperando a mercadoria, às 17h do dia agendado, ligo para saber se houve algum problema.
- “Um momento Sr, vou passar para o estoque”... ..., pergunto novamente e falo do agendamento... , “ah sim, esta agendado aqui pra mim ‘à partir das 16h, então ta no prazo Sr.’”
- “Amigo, eu disse e vocês confirmaram às 16h, não ‘à partir das 16h’. Amanhã não terei como receber pois viajarei, vai demorar muito pra chegar?”
- “Não sei Sr.” (absurdo 1)
- “Por favor, verifique com o entregador e me de um retorno então ok. Obrigado.”

:: 20 minutos depois e nada nem de ligação. (absurdo 2)
- “Oi liguei há pouco sobre a entrega do sofá...”
- “Ah sim Sr, ta saindo daqui agora. Chega já.” (absurdo 3)
- “ Obrigado, fico aguardando.”

:: 40 minutos depois o interfone toca e libero pra subir. Quem chega é o montador:
- “Boa tarde Sr, vim montar o sofá”
- “Ok, e cadê o sofá?”
- “Oxi! Não entregaram não?” (absurdo 4)

:: Depois de: liga pra loja, pergunta, espera, liga denovo, espera, liga denovo, espera... a loja liga dizendo que o entregador saiu da loja com duas entregas, e que foi primeiro pra uma e depois entregaria o sofá. (absurdo 5)

:: 1h30min depois e nada... foi quando perdi a paciência e liguei pra loja.
- “Sr. é que houve um probleminha. O entregador saiu daqui aquela hora com um guarda-roupas e seu sofá. Aí ele atrasou porque foi realizar a primeira entrega pra depois atende-lo, (absurdo 6) só que o menino trocou as mercadorias, e deixou o sofá do Sr. na primeira entrega.” (absurdo 7).
- “Amigo, o meu agendamento era o primeiro, independente da rota, vocês deveriam ter entregue”
- “Então, aí ligamos pro entregador, e ele voltou pra pegar a mercadoria do Sr lá na outra casa. Mas aí o porteiro não deixou ele entrar porque já passou do horário permitido e ele ta tentando falar com o síndico.”
- “Amigo, eu comprei esse sofá sábado passado, não paguei barato, fui até a loja para re-agendar a entrega que foi confirmada às 16h de hoje. As 18h tinha uma reunião com uns amigos que por eu ter que ficar aqui com o montador esperando a sua mercadoria, vieram pra cá pra realizar a reunião. Seu entregador, não sei como, confundiu um guarda-roupas com um sofá e não está conseguindo realizar a troca. Entre em contato com seu estoque então e me mande outro sofá ou cancele este pedido e me devolva o dinheiro por favor.”
- “Sr. o depósito já fechou, e para eu devolver o dinheiro do Sr. só amanhã porque o financeiro já fechou”
- “Amanhã eu viajo, e você já sabe disso. Resolva.”

:: 2 minutos depois... “Sr, o entregador conseguiu pegar a mercadoria do Sr, e está à caminho. O Sr quer que entregue agora ou amanhã de manhã?” (absurdo 379).

:: Às 20h40min o sofá foi entregue e montado. Mais de 4h de atraso com milhões de absurdos pelo caminho.

:: De que adianta uma excelente vendedora e um produto com qualidade, se a distribuição e todo o seu processo são falhos? Detalhe: a loja que fica à 2 quarteirões da minha casa.

:: Bom descanso em seu sofá...

21 de jul. de 2010

Fast-food fast?

:: Na outra noite da mesma viagem do post passado, estava cansado e o que mais queria era jantar algo rápido e dormir. Lembrei-me que havia uma lanchonete próxima à pousada, de uma rede de fast food local e
como toda rede de fast-food, tinha o atendimento engessado e padronizado.
- “Moça, esse sanduíche aqui, pode ser acomp...”
- “Sim Sr! Combo médio ou grande Sr?”

:: Quase que forçado escolhi o médio.

:: Rapidamente efetuei o pagamento e fui aguardar o pedido na mesa. 10 minutos depois o sinalizador toca. Meu pedido era o 074 e o marcador chamou o 075. Mais 8 minutos se passaram e o número seguinte era o 076.

:: A fome aumentando e o mau humor tomando conta. Mais 9 minutos e toca novamente... 077 e 078. Pude ver que um dos garçons percebeu a demora e questionou para a caixa, que questionou à atendente, que questionou à cozinha, tudo na forma “invisível” de cochichos, caras e bocas.

:: Mais 10 minutos depois... 079 com DOIS sanduíches e nada do meu pedido! Foi o estopim. Chateado, com fome, cansado e sem nenhum melindre fui direto ao Caixa e educadamente disse:

- “Por favor. Cancele meu pedido e estorne meu pagamento.”
- “Mas Sr, o pedido do Sr está saindo.”
- “Cancele. Por favor.”
- “Aqui Sr, está pronto o seu pedido. O Sr quer mesmo que cancele?”
- “O que está havendo?” – disse o gerente que apareceu de repente.
- “O meu pedido demorou, saíram 5 pratos que pediram depois de mim e nada do meu. Não quero mais. Foram mais de 30 minutos por um sanduíche. Por favor. Cancele.”
- “Sr, o hambúrguer do Sr é feito na hora, por isso demora mais que os outros.”
- “Deveriam ter avisado na hora em que pedi ou quando perceberam que estava demorando.”
- “Realmente houve essa falha de comunicação. O pedido do Sr está pronto. O Sr quer mesmo que cancele?”
- “Meu querido, não quero mais. Perdi minha vontade de comer aqui. Cancele por favor.”

:: A expectativa do cliente estava acima da capacidade da empresa ou é isso o que acontece quando se tem um processo mal executado? Pense nisso!

20 de jul. de 2010

Vale à pena?

:: Esses dias viajei à trabalho. Já havia acabado o expediente e saí para jantar próximo à pousada onde estava hospedado. Sentado na mesa do restaurante, pude observar a estrutura e organização do shushi-bar em que jantei.

:: Os guardanapos, o cardápio, a iluminação, decoração, música ambiente, a disposição das mesas. Tudo parecia ter sido pensado, projetado para a experiência de se consumir naquele ambiente.

:: Os pratos tinham nomes exóticos, bem como as descrições dos ingredientes, acompanhados de um valor não tão barato, mas se observava no conjunto do sistema que “valia à pena” pagar aquele valor. A maioria dos estabelecimentos onde passei, da conveniência do posto de gasolina, à loja de roupas no shopping, a atenção era evidente.

:: O atendimento realmente bom, simples, simpático, rápido e atencioso. Como deve ser. Mas em alguns lugares, e não são poucos, sempre tenho o sentimento de estar pagando caro para um serviço “meia boca” ou a sensação de que “poderia ser melhor”.

:: É multifatorial. Envolve um misto de questão cultural dos clientes terem melindre em reclamar, de serem vistos como chatos “cricris” e mal educados. Quem reclama, corre o risco de uma cara feia, uma contorcida de boca ou mesmo uma clássica ignorada. Os proprietários acham que estão atendendo bem e tentam sempre cobrar o máximo pelo mínimo.

:: Ouvi, mais de uma vez, proprietários dizerem cheios de razão: “O meu diferencial é um bom atendimento!” - Achei isso um absurdo. Pra mim isso é básico e essencial, não diferencial! Estou correto?

:: É o mercado prostituído. A briga de preço. A qualidade mínima pelo preço máximo. Existe, pois há quem pague. E a qualidade real, merecida e necessária? Fica escondida, tímida e muitas vezes não sobrevive a esta guerra.

:: A culpa é de quem? Do proprietário que pensa que serve bem ou de quem paga pelo serviço mal realizado sem reclamar? Será a falta de parâmetros para ter comparações?

:: É evidente que o cliente paga a mais, se valer à pena. Pense nisso!

9 de mar. de 2010

Sejam Bem Vindos

:: Galera... Vai começar.

:: Postagens sobre atendimento em diversos estabelecimentos.

:: Críticas, sugestões, desabafos, tudo relacionado a tudo que se consome.

:: Empresários, Clientes, Fornecedores, Estudiosos do mercado.

:: Aqui vocês vão encontrar conteúdo sobre a qualidade do mercado local.

:: Sejam bem vindos.

:: Está lançado o desafio ao mercado.

:: Sou estudante, sou trabalhador, sou consumista, sou exigente, procuro mais por menos, procuro soluções e benefícios. Tenho a internet e a vivência como comparativos. Sou real.

:: Sou o Cliente Real.