:: Esses dias viajei à trabalho. Já havia acabado o expediente e saí para jantar próximo à pousada onde estava hospedado. Sentado na mesa do restaurante, pude observar a estrutura e organização do shushi-bar em que jantei.
:: Os guardanapos, o cardápio, a iluminação, decoração, música ambiente, a disposição das mesas. Tudo parecia ter sido pensado, projetado para a experiência de se consumir naquele ambiente.
:: Os pratos tinham nomes exóticos, bem como as descrições dos ingredientes, acompanhados de um valor não tão barato, mas se observava no conjunto do sistema que “valia à pena” pagar aquele valor. A maioria dos estabelecimentos onde passei, da conveniência do posto de gasolina, à loja de roupas no shopping, a atenção era evidente.
:: O atendimento realmente bom, simples, simpático, rápido e atencioso. Como deve ser. Mas em alguns lugares, e não são poucos, sempre tenho o sentimento de estar pagando caro para um serviço “meia boca” ou a sensação de que “poderia ser melhor”.
:: É multifatorial. Envolve um misto de questão cultural dos clientes terem melindre em reclamar, de serem vistos como chatos “cricris” e mal educados. Quem reclama, corre o risco de uma cara feia, uma contorcida de boca ou mesmo uma clássica ignorada. Os proprietários acham que estão atendendo bem e tentam sempre cobrar o máximo pelo mínimo.
:: Ouvi, mais de uma vez, proprietários dizerem cheios de razão: “O meu diferencial é um bom atendimento!” - Achei isso um absurdo. Pra mim isso é básico e essencial, não diferencial! Estou correto?
:: É o mercado prostituído. A briga de preço. A qualidade mínima pelo preço máximo. Existe, pois há quem pague. E a qualidade real, merecida e necessária? Fica escondida, tímida e muitas vezes não sobrevive a esta guerra.
:: A culpa é de quem? Do proprietário que pensa que serve bem ou de quem paga pelo serviço mal realizado sem reclamar? Será a falta de parâmetros para ter comparações?
:: É evidente que o cliente paga a mais, se valer à pena. Pense nisso!
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